Apresentação.

No âmbito da disciplina de Área de Projecto do 12ºC da ESSL de Portalegre, escolhemos como objecto de estudo a Multideficiência.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Fim de Ano

Chegámos ao fim do ano lectivo, e com ele o fim das aulas e do projecto.
Queremos agradecer a todas as pessoas que gastaram uns minutos do seu tempo para darem uma vista de olhos no nosso blogue e dizer que no que depender de nós, este blogue vai continuar com novas publicações, não regularmente, mas vai continuar a funcionar.
Ao iniciarmos este projecto nunca pensámos vir a mudar tanto. Mas estas crianças conseguem realmente tornar-nos melhores pessoas.
Foi óptimo poder trabalhar com elas, assim como com as professoras, terapeutas e auxiliares. Foi muito gratificante, e queremos desde já agradecer todo o tempo e toda a ajuda dispensada pelas professoras e terapeutas.
Esperamos de alguma forma ter podido contribuir para a diminuição do preconceito e para o aumento da integração.
Esperamos também voltar á unidade muito em breve pois o elo de ligação tornou-se muito forte.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

13 de Maio de 2011


Estimulação através do tacto.









Terapias com a Terapeuta da Fala.

7 de Maio de 2011

Nunca é demais salientar a importância das professoras, terapeutas e auxiliares numa Unidade.
Como ainda não fizemos nenhuma referencia ao seu trabalho e à sua importância, e por medo que caia em esquecimento, resolvemos fazer uma publicação dedicada aos profissionais que todos os dias se dedicam á Unidade.
Nesta publicação vamos-nos focar essencialmente no trabalho desenvolvido pelas auxiliares, pois do trabalho das professoras e terapeutas todos têm uma noção, por mais pequena que ela seja.
Então resolvemos salientar o trabalho e o esforço das auxiliares dentro das Unidades, pois quando mais ninguém está, são elas que fazem todo o trabalho com as crianças.
Tratam deles, falam com eles, brincam, dão-lhes de comer, etc.
O papel das auxiliares é muito importante, pois se não fossem elas, por vezes não havia condições para as crianças estarem nas unidades, devido aos horários que cada professor e cada terapeuta tem.
Com isto queremos que fique claro, que não devemos desprezar o trabalho realizado pelas auxiliares, porque este é mesmo muito importante.



quinta-feira, 28 de abril de 2011

As pessoas portadoras de deficiência podem e devem ter uma vida normal.

Tempo de Mudar.

Vale sempre a pena dizer uma vez mais e apelar uma vez mais, ao lado humano das pessoas. Faze-las ver que o ser diferente não quer dizer que seja uma coisa má.
Para o nosso grupo, que está a tratar a Multideficiência como tema de projecto, tem sido uma experiência muito enriquecedora.
Desde o ínicio que tinhamos várias expectativas de como iria ser, o que iriamos sentir ao entrar em contacto com crianças portadoras de deficiência, o que isso iria mudar na nossa vida... haviam dúvidas naturais.
Neste momento podemos com toda a certeza afirmar que é uma experiência que muda a nossa maneira de ver e de sentir tudo à nossa volta, passámos a dar valor a coisas que antes passavam despercebidas, pois era algo a que não estávamos atentos. Como por exemplo, ao sorriso.
Ao mantermos contacto com as crianças portadoras de deficiência, passamos a dar muito valor ao sorriso, pois é o sorriso mais puro que podemos receber. Eles não pedem nada em troca, não exigem nada. E ao ver o sorriso deles muda-nos completamente, tornamo-nos de certeza melhores pessoas. Ensinam-nos muito, e ser melhor pessoa é uma delas.
Não conseguimos perceber ainda porque há tanta discriminação, se é por não terem a mesma estrutura física que nós, se é por terem, por vezes, imensas dificuldades, se por não serem iguais a nós... São perguntas para as quais não temos respostas. Nem conseguimos perceber como é que alguma delas pode ter um sim como resposta.
Os portadores de deficiênca, são pessoas como nós, apenas com mais limitações. Devemos tratá-las de igual forma, pois tal como nós eles também fazem parte, são seres humanos tal como todos nós. Porque é que têm que ser tratados de forma diferente?
A próxima vez que vir alguém portador de deficiência, não "fuja", não diga ao seu filho para não olhar, não diga que não se deve aproximar, apenas aja com normalidade e diga ao seu filho para não ter medo, porque decerteza que essa pessoa não lhe irá fazer mal algum. Os portadores de deficiências merecem ser incluidos, é um direito que têm. Não serem discriminados.
Está na hora de mudar um pouco a mentalidade que ainda está presente nos nossos dias. Somos Iguais, Diferentes.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Psicomotricidade

A Psicomotricidade é definida pela Associação Portuguesa de Psicomotricidade, como sendo um campo transdisciplinar que estuda e investiga as relações recíprocas e sistémicas que ocorrem entre o Psiquismo e a Motricidade. Baseada numa visão holística do ser humano, a Psicomotricidade encara de forma integrada as funções cognitivas, sócio-emocionais, simbólicas, psicolinguísticas e motoras, promovendo a capacidade de ser e agir num contexto psicossocial.



Objectivos:

·  Promover a regulação e harmonização tónica centrada sobre a maneira de estar no seu corpo (atitude-postura, esquema corporal, descontracção neuro-muscular);

·  Promover movimentos funcionais e expressivos centrados sobre a maneira de agir com o seu corpo (coordenações, dissociações, práxias);

·  Possibilitar a vivência da relação tónico-emocional com o psicomotricista através do corpo e do agir, das condições de adaptação

·  Compensar uma problemática situada na convergência do psiquismo e do somático, intervindo sobre as múltiplas impressões e expressões do corpo e atribuindo significação simbólica ao corpo em acção;



Exemplo de actividades:
1. Actividades de Relaxação e de Consciencialização Corporal;
2. Actividades de Reeducação Gnoso-práxica;
3. Actividades de Educação Gestual e Postural;
4. Actividades de Estimulação Sensorial;
5. Actividades de Promoção da Noção do Esquema Corporal;
6. Actividades Expressivas;
7. Actividades Lúdicas



A psicomotricidade é essencialmente a educação do movimento ou a educação através do movimento, procurando a optimização das capacidades psíquicas do sujeito.


Com o apoio de Ana Cláudia Monteiro.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Conceitos Básicos sobre a Multideficiência.

Estes são alguns conceitos que nos permitem perceber e compreender melhor o que estamos a tratar e que nos ajudam a entrar no mundo da multideficiência muito mais facilmente. Estes foram os conceitos que tivemos que aprender para podermos avançar neste projecto.

 

Multideficiência – O que é?

Segundo Orelove, Sobsey e Silberman (2004) e Saramago et al., (2004:213), as crianças com Multideficiência:

“...apresentam acentuadas limitações no domínio cognitivo, associadas a limitações no domínio motor e/ou no domínio sensorial (visão ou audição), e que podem ainda necessitar de cuidados de saúde específicos. Estas limitações impedem a interacção natural com o ambiente, colocando em grave risco o acesso ao desenvolvimento e à aprendizagem”.


Educação especial – O que é?

A Educação especial é um conjunto de processos e procedimentos que permitem responder às necessidades das pessoas portadoras de deficiência.


Educação Especial – Para que serve?

A educação Especial tem por objectivo melhorar o desempenho, a autonomia, a socialização, a inserção sócio educativo, a preparação para vida adulta das crianças e jovens com necessidades educativas especiais de carácter prolongado.
A educação especial permite promover a igualdade de oportunidades e o acesso e sucesso educativo, tendo por base princípios de inclusão e participação na vida comunitária.


Unidades de Apoio Especializado para a Educação de Alunos com Multideficiência – O que são?

 São uma das diversas modalidades específicas de educação direccionadas a alunos portadores de deficiência, sendo nesta situação uma resposta educativa, especializada, para os alunos com Multideficiência.


Unidades de Apoio Especializado para a educação de alunos com Multideficiência – Para que servem?

Pretende-se com estas Unidades organizar e promover um conjunto de procedimentos que facilitem a inclusão sócio educativa das crianças e jovens com Multideficiência, nomeadamente:
- A participação nas actividades junto dos seus pares, colegas de turma a que pertencem;
- Aplicar um conjunto de metodologias que permitam o desenvolvimento integral deste tipo de alunos, recorrendo a ambientes estruturados, potencializados do desenvolvimento de currículos específicos adequados a este tipo de alunos;
- O desenvolvimento de respostas educativas individualizadas e flexíveis, que vão ao encontro das necessidades educativas deste tipo de crianças e jovens;
- Assegurar apoios especializados, com recurso ao apoio educativo, terapêutico e psicológico.


Quais os materiais que existem nestas unidades? E quem os fornece?

Os materiais existentes nestas Unidades enquadram-se no desenvolvimento e acompanhamento que estes alunos necessitam, nomeadamente ao nível psicomotricidade, comunicação, actividades de vida diária…
As escolas onde estão localizadas, assim com as Direcções Regionais de Educação onde estão inseridas, têm fornecido os materiais às respectivas Unidades.


O que è Intervenção Precoce de Infância?

A Intervenção Precoce de Infância é uma das modalidades especificas de educação existentes, direccionada para as crianças dos 0 ao 6 anos de idade e que tenham comprometidas áreas do seu desenvolvimento, causadas por motivos orgânicos ou ambientais.


Integração – O que é?

Segundo a National Association of Retarded Citizens (E.U.A.) a definição de integração escolar resume-se a «oferta de serviços educativos que se põem em prática mediante a disponibilidade de uma variedade de alternativas de ensino e de classes que são adequadas ao plano educativo, para cada aluno, permitindo a máxima integração institucional, temporal e social entre alunos deficientes e não-deficientes durante a jornada escolar normal».

Com o apoio do Coordenador do Ensino Especial.

Terapias

Nas nossa visitas à Unidade e com o contacto com as terapeutas com que  trabalhamos recolhemos algumas informações sobre algumas terapias, de entre muitas, utilizadas nas crianças. Terapias essas que passamos aqui a descrever.


Cinesioterapia

Basicamente, podemos defenir como a terapia do movimento, pois a mesma tem como objectivo a reabilitação funcional através da realização de movimentos activos ou passivos.
Melhorar a coluna é um dos objectivos e sentando-se correctamente numa cadeira é um exemplo fácil desta terapia.


Crioterapia

Crioterapia é o termo usado para descrever a terapia utilizando o frio, isto é , utilizando uma qualquer substância no corpo resultando na diminuição da temperatura na área onde é aplicada, esta terapia tem vários objectivos, entre os quais podemos referir o aumento do tônus muscular resultando em calafrios que são contracções involuntárias dos músculos, que levam ao seu torneamento. Um exemplo que podemos dar é o trabalho realizado com o Jorge e o Joaquim para estes fecharem a boca, a terapeuta aplica o gelo na zona em volta da boca, levando que as crianças contraiam esses musculos, que com repetições leva a que a zona aplicada ganhe mais força.


Musicoterapia

É a utilização da música e/ou dos seus elementos constituintes, ritmo, melodia e harmonia num processo destinado a facilitar e promover a comunicação, relacionamento, aprendizagem, mobilização, expressão, organização, entre outros, com o objectivo de atender as necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas.
Pode por exemplo, ser uma forma para ajudar a relaxar a criança.


Cinesioterapia respiratória

Consiste num conjunto de métodos cinesioterapêuticos que visam a libertação das secreções que causa a obstrução das vias respiratórias e promoção da função respiratória normal de forma eficaz.
A desobstrução depende fundamentalmente de 5 etapas que são dependentes umas das outras: desobstrução nasal, fluidificação das secreções, mobilização e progressão das secreções, mobilização do tórax e expulsão.